O IDESE – Índice de Desenvolvimento Socioeconômico – é um índice sintético, que avalia a situação socioeconômica dos municípios gaúchos, das microrregiões, dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) e do Estado do Rio Grande do Sul quanto à Educação, à Renda e à Saúde, considerando aspectos quantitativos e qualitativos do processo de desenvolvimento. Tem o propósito de avaliar e acompanhar o nível de desenvolvimento, informando à sociedade e orientando os governos nas suas políticas públicas socioeconômicas.

O Idese varia de zero a um e permite que a classificação seja em três níveis de desenvolvimento: baixo (índices até 0,499), médio (entre 0,500 e 0,799) ou alto (maiores ou iguais a 0,800). A avaliação das áreas é feita em blocos, sendo que na Educação se utiliza cinco indicadores que são divididos em quatro sub-blocos, de acordo com a faixa etária: pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e escolaridade adulta. Já o bloco Renda é composto por dois sub-blocos que analisam a renda por duas óticas distintas: apropriação de renda e geração de renda. Por fim, o bloco Saúde abrange cinco indicadores divididos em três sub-blocos: saúde materno-infantil, condições gerais de saúde e longevidade.

No dia 22 de março, a Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE) divulgou os resultados referentes ao ano de 2013 e revisão da série histórica 2007-12. Nesta nova avaliação, houve mudanças na dimensão Renda, uma vez que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e instituições parceiras (dentre as quais a FEE) mudaram a metodologia de cálculo das Contas Regionais. Dessa forma, houve alterações na série do Produto Interno Bruto (PIB) per capita (2010-13), indicador que compõe o Bloco Renda do Idese. Além disso, a publicação de uma nova série de estimativas populacionais (2001-14), divulgada em 2015, afetou diversos indicadores em todos os blocos. A mudança nas estatísticas populacionais provocou a queda no nível de alguns indicadores que compõem o Idese ao longo de toda a série. Portanto as diferenças de nível em alguns indicadores entre a série nova e a série antiga não podem ser creditadas a uma piora na situação socioeconômica.

O Estado do Rio Grande do Sul atingiu Idese de 0,747 em 2013, considerado médio desenvolvimento, significando crescimento de 1,7% em relação a 2012 (0,734). No período 2007-13, o crescimento acumulado foi de 6,6% (1,1% a.a. em média). O Bloco Educação ficou com 0,679 (avanço de 2,2% em relação a 2012), que atribui-se ao recente foco das políticas públicas na área infantil; o Bloco Renda obteve pontuação 0,752 (avanço de 3,1%), atribuído a elevação da apropriação de renda e Saúde 0,809 (manteve-se estagnado), sendo que a longevidade contribuiu para bons resultados.

O Município de Não-Me-Toque também registrou aumento no Idese (0,6%), atingindo em 2013 a pontuação 0,830, mantendo sua classificação como município de alto índice de desenvolvimento. Assim, no ranking municipal geral, dentre os 496 municípios do Rio Grande do Sul, Não-Me-Toque é o 16º município melhor colocado. Já no ranking entre os 166 municípios com a população entre 5.000 e 20.000 habitantes, alcançou o 5º lugar.

Houve entretanto queda nos Bloco Educação, que ficou com pontuação 0,729 (nível médio). O Bloco Saúde também teve uma queda, alcançando a pontuação 0,849, mas manteve-se com a classificação de nível alto. Mesmo com a queda, não se considera piora destes blocos, considerando as mudanças de avaliação, citadas anteriormente.

O grande avanço foi no Bloco Renda. Não-Me-Toque é o 4º Município do Estado com melhor geração de renda, com a pontuação 0,911, aumentando 6,7% em comparação a 2012 (0,854). O fator que levou o Município para a quarta colocação foi o substancial aumento no PIB (Produto Interno Bruto) e no PIB per capita, gerando expressivo impacto neste bloco.

O PIB passou de R$ 673.270,00 (2012) para R$ 1.119.446,00 (2013). Já o PIB per capita, progrediu de R$ 41.647,00 (2012) para R$ 66.693,00 (2013), ocupando assim 12ª posição entre os municípios do RS. A estrutura do PIB ficou distribuída em 10,6% oriundos da Agropecuária, 45,8% da Indústria e 43,6% de Serviços, sendo que desta forma, detectou-se crescimento na Indústria, passando a ser a maior originária do PIB, que em 2012 era Serviços.

Não-Me-Toque vem mantendo seu alto índice de desenvolvimento socioeconômico, continuando entre os melhores colocados do Estado e mostrando forte crescimento na geração de renda. Esse resultado é reflexo do grande potencial das indústrias, comércio e serviços do Município. Além disso, a Saúde continua sendo avaliada como nível alto, o que comprova a eficácia dos investimentos e ações da Administração Municipal nesta área. Já o Bloco Educação, varia muito de acordo com a taxa de matrículas nas escolas e com a proporção da população adulta que possui ensino fundamental completo, mas é uma área que vem recebendo muita atenção da Administração, que está realizando investimentos constantes da rede de educação, promovendo ensino de qualidade e conforto para a comunidade estudantil.

A Prefeita Teodora considera que o Município vem alcançando ótimo desempenho. “O alto índice de desenvolvimento de Não-Me-Toque é fruto de um trabalho conjunto da comunidade em geral e do Poder Executivo. Como gestores, buscamos sempre fazer o melhor possível para nossa população, garantindo serviços de qualidade aos não-me-toquenses e mantendo assim nosso Município como referência na região”.

Texto: Ana Cláudia Stumm